segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cerca de cem baleias encalhadas

hoje quando era mais ou menos, 16h, eu abri o site: http://www.r7.com/ e na parte de entretenimento-bichos eu vi essa triste notícia ;/ Cerca de 100 baleias da espécie piloto foram encontradas por turistas em uma praia localizada ao sul da Nova Zelândia. Os animais ficaram na praia encalhados por um bom tempo, 50 já estavam mortos quando as autoridades, que foram chamadas pelos turistas, chegaram ao local, outras 47 foram sacrificadas por falta de recursos para salvá-las.
Há alguns pesquisadores que tentam descobrir o que causa a morte dos animais, incidente conhecido com suicídio coletivo. No início do mês 87 baleias foram encontradas encalhadas na mesma região.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Earth Day: Give Earth a Hand

Eu to postando aqui o meu vídeo favorito do canal de vídeos do Greenpeace Brasil no Youtube (: 
Foi em 22 de Abril de 1970 que o mundo celebrou pela primeira vez o Dia da Terra. O Greenpeace então, publicou este vídeo no seu canal para celebrar o 40° ano da campanha, em 2010.
Não posso mais esperar pelo vídeo deste ano. (:

 

Voluntarie-se pela natureza | Greenpeace Brasil

Voluntarie-se pela natureza Greenpeace Brasil

Quarto de Badulaques XIV

"Terminando a minha crônica do último domingo eu me referi a Ravel que, ao fim da vida, dizia, como um lamento: “Mas há tantas músicas esperando ser escritas!” E acrescentei um comentário meu: “Com certeza o tempo não se detém para esperar que a beleza aconteça...” (...) A vida é como a vela: para iluminar é preciso queimar. A vela que ilumina é uma vela alegre. A luz é alegre. Mas a vela que ilumina é uma vela que morre. É preciso morrer para iluminar. Há uma tristeza na luz da vela. Razão porque ela, a vela, ao iluminar, chora. Chora lágrimas quentes que escorrem da sua chama. Há velas felizes cuja chama só se apaga quando toda a cera foi derretida. Mas há velas cuja chama é subitamente apagada por um golpe de vento... (...)
Mais que a minha própria morte e a morte das pessoas que amo, o que me dói é a possibilidade da morte prematura da nossa terra. Porque é certo que ela vai morrer. Tudo o que nasce, morre. O trágico será se ela morrer antes da hora, assassinada por nós mesmos, os seus filhos. (...) Entrei no livro O universo: seu início e seu fim (Lloyd Motz, The universe: its beginning and end, New York, Charles Scribner’s Sons, 1975) e comecei viajar pelo tempo. O livro me levou para 15 bilhões de anos atrás. A temperatura era da ordem de um bilhão de graus. Foi então que aconteceu a grande explosão, o Big Bang, com a qual o universo se iniciou. E pensando sobre esse evento fantástico enquanto caminhava – é preciso cuidar do coração – meus pensamentos foram interrompidos pelas sibipirunas floridas, o amarelo contra o verde das folhas e o azul do céu... E me assombrei de que coisas tão lindas e mansas tivessem nascido de uma explosão há 15 bilhões de anos... Do caos nasceram ordem, vida e beleza, da mesma forma como uma bolha de sabão sai, perfeita, do canudinho que o menino sopra... Aí fiquei com medo que a bolha estourasse antes da hora. Porque é isso, precisamente, que essa coisa a que damos o nome de progresso está fazendo. Todos os candidatos a presidente, todos, indistintamente, de direita e de esquerda, prometem “progresso”. Mas nenhum deles promete preservar a natureza. Qualquer menino sabe que a bolha de sabão é frágil. Não pode crescer sempre. Se crescer além do limite ela estoura. E nossa terra é precisamente uma bolha frágil que navega pelos espaços vazios, bolha onde apareceram, miraculosamente, as condições para que a vida viesse a existir. Mas, se essas condições desaparecerem, a vida deixará de existir. Muitas críticas justas já se fizeram ao capitalismo, de um ponto de vista ético, em virtude de sua tendência de produzir pobreza e concentrar riqueza. Mas raramente se fala sobre o capitalismo como um sistema autodestrutivo que, para existir e gozar saúde, tem de estar num processo de crescimento constante: mais empregos, mais trabalho, mais devastação da natureza, mais monóxido de carbono no ar, mais lixo – seis bilhões de quilos de lixo por dia! – mais exploração dos recursos naturais, mais florestas cortadas, mais poluição dos mananciais... Até quando a frágil bolha suportará?...

Rubem Alves.
(http://www.rubemalves.com.br/)